sexta-feira, 7 de março de 2014

Life Bites - crítica ao livro "Anna e o beijo francês"

Terminei há uns dias mais uma leitura! Fresca, jovial e fluída! Gostei!

     "Anna e o beijo francês" foi o escolhido desta vez. Ouvi "falar" sobre este livro algures na blogosfera e ao pesquisar mais sobre ele, não encontrei uma única crítica negativa. Fiquei com a pulga atrás da orelha e decidi comprá-lo.
Capa







Depois de ter lido "A verdade sobre o caso Harry Quebert", um policial bem pesadão e compriiiiiido, um romance levezinho pareceu-me bem pra desanuviar. Pois bem, falando da obra em concreto, devo dizer que a sinopse resume, de facto, o essencial da história, mas o encanto da obra reside na forma despojada como é escrita. O livro é contado pela protagonista na primeira pessoa, com uma verdade que nos faz entrar na sua pele e vivenciarmos os seus pensamentos, emoções e sensações, sem esforço. 
Sinopse





Bem, mas falemos então da história em si. Anna é uma jovem americana que vai estudar para França, Paris mais precisamente, obrigada pelos pais. Lá, perdida num mundo que não é o seu e que nada lhe diz (nem a língua francesa a moça dominava, coitada), sente-se triste, mas rapidamente esta nova experiência começa a ganhar cor quando faz novos amigos. É nesse grupo que conhece o Tal mocinho, de seu nome Étienne St. Clair. Este é o galã lá do sítio. Bonito, educado e charmoso. Enfim, encantador! Ou dito de uma forma mais brejeira, um belo naco e um bom partido! E o resto são peanuts. Em comum? Têm interesses vários. Anna sonha ser crítica de cinema. St. Clair dá-lhe a conhecer os cinemas de Paris e outros tantos encantos da cidade. As descrições de Paris são também encantadoras e transpõem-nos para lá a cada frase referente a pontos característicos da cidade.

Para além disso, as duas personagens partilham a fragilidade dos seus contextos familiares, nomeadamente assentes na submissão das mães em relação aos pais. Tanto Anna como St Clair têm uma relação complicada com o respetivo pai e um sentimento de proteção para com a mãe. Isso, embora, possa não parecer relevante, acaba por constituir um tópico importante no desenvolvimento da afinidade entre os dois, na medida em que por ser um assunto tão delicado acaba por os unir, pela confiança que vão aprendendo a depositar um no outro.

Bem, mas retomando o tópico principal da história (o processo de enamoramento), o que parece ensombrar a cena é a namorada do catraio, a Ellie, com quem se percebe desde o início que mantém uma relação acomodada e um pouco instável, mas certo é que continuam acorrentados, para mal de Anna, que recebe sinais contraditórios da parte de St. Clair. Ora parece que vão dar um passo à frente na eminente relação, ora não passa disso. O moço era a modos que indeciso, o que leva a muitos avanços e outros tantos recuos, que levam o leitor a pensar se será na página seguinte que finalmente acontece o tal beijo francês!

E lá para o final, eis que ..... e não digo mais nada!! Só digo que o final é previsível, mas também se não o fosse, eu e todo o mulherio que já leu o livro sentir-nos-íamos defraudadas e ligaríamos para a autora a insultá-la! A escrita, tal como já referi, faz-nos entrar na pele e na cabeça de Anna e, como tal, faz-nos torcer para que tudo acabe bem e se, para ela, esse final feliz dependia de ficar com o príncipe de sotaque britânico, então quem lê deseja que assim seja!! E é! Palmas e foguetes! :)

Uma das críticas que constam na contra-capa


       Anna e o beijo francês não é um livro pra nos fazer pensar; é um livro pra nos fazer sentir e (re)viver as emoções do primeiro (e de qualquer outro) amor! Sim, é um "livro de gaja" e eu, como fiel exemplar da espécie, gostei, por isso recomendo! ;)


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