Life Bites - Crítica ao livro "Seis anos depois"

     O livro de que venho falar hoje, "Seis anos depois", de Harlan Coben, chegou-me às mãos numa ida à Fnac, quando andava precisamente em busca da minha próxima leitura. Não tinha ainda ouvido falar deste livro, mas a sinopse pareceu-me interessante. Li então cerca de trinta páginas (as do início) e decidi comprá-lo, mas não sem antes ler algumas críticas, como de resto sempre faço. Afinal, os livros não são propriamente baratos [uma dica: nos hipermercados encontram-se alguns livros com o preço mais baixo do que nas livrarias; tenho comprado os meus no Jumbo]. Bem, descobri então que se tratava de uma edição recente de um autor que está atualmente em voga e que o feedback dos leitores relativamente à obra é muito positivo.

Capa

    Mas falemos então dos ingredientes que me cativaram: uma investigação por conta própria de um desaparecimento para o qual não se encontrava resposta. Fiquei realmente intrigada! Apesar disso, devo desde já dizer que o meu entusiasmo inicial se desvaneceu quando fui prosseguindo com a leitura. Mas lá iremos mais abaixo.

Sinopse

     Jacob (Jake) Fisher é um professor universitário que inicia uma busca desenfreada por respostas que lhe permitam encontrar Natalie Avery, apresentada como o grande amor da sua vida, que tinha conhecido seis anos anos e com quem tinha tido uma relação fugaz, até ser surpreendentemente abandonado pela moça, segundo ela porque tinha mudado de ideias e decidido casar-se com um suposto ex-namorado (Todd Sanderson). O protagonista, que conta a história na primeira pessoa, procura respostas nos locais e junto das pessoas que de alguma forma estiverem presentes na altura da sua relação com Natalie, visto que são os únicos pontos de referência que têm em relação a ela, como é o caso do retiro onde se haviam conhecido, e da igreja onde a tinha visto casar seis anos antes. Além disso, Jake não consegue sequer encontrar qualquer registo da existência de Natalie desde essa altura. Posteriormente, contacta ainda a irmã de Natalie e, numa fase já mais avançada da investigação, a viúva de Todd, bem como a mãe de Natalie. Com o avançar da trama, vai fazendo pequenas descobertas que remetem para milhentas personagens, algumas até relacionadas com a máfia, vejam bem! Bem, imaginação ao autor não falta realmente. Desde umas pseudo cenas de violência, com tiros à mistura e porradinha com fartura, [das quais o protagonista sai sempre atordoado mas vivinho da silva e pronto pra continuar a desafiar a sorte, qual herói romântico da cena], até às tentativas de humor completamente forçado, passando por descrições e situações que nada acrescentam à evolução da narrativa, há um pouco de tudo na história!

    Aqui vão as minhas principais impressões e pensamentos no decurso da leitura, acerca do grande mistério "Onde está Natalie e o que lhe aconteceu?":

    * Todd Sanderson (o tal que tinha casado com Natalie) provavelmente tê-la-ia obrigado a casar, através de alguma chantagem;

    * Jake tinha tido uma grande alucinação no suposto verão em que tinha conhecido Natalie e tudo não passava de mera imaginação;
  * A suposta história entre Jake e Natalie parece tirada de um romance "de cordel", (expressão que li algures e que me pareceu encaixar-se aqui na perfeição) de tão melosa e repleta de clichés! 
   * Já só me apetece saltar para a última página do livro, porque estou tão enjoada com a história que já me estou a marimbar para o processo! Só vou ler mesmo pra poder desancar o livro à grande no meu blogue, por ter desperdiçado os meus belos 15€ nele! :s

Apresentação do autor ; críticas à obra ; aspeto da contra-capa

   Como referi antes, o início da obra parecia promissor, contudo, a certa altura, fui perdendo o interesse e só mais para o final, diria que a partir do capítulo 25, é que a história começa a evoluir e a encaixarem-se todas as peças do puzzle. Ainda assim, a mim o autor não convenceu. Achei que há aspetos muito forçados na história e a própria escrita não me fascinou, não tendo sido para mim, por isso mesmo, uma leitura fluída (e muito menos compulsiva, como as anteriores). Eu cá não fiquei muito convencida! Lamento! Leiam e tirem as vossas próprias conclusões. :/